25 de dezembro de 2008

ar

a brisa assobia murmurante
acalmando
acariciando
amenizando
amortecendo
alterando pensamentos maleáveis

a poetiza silenciosa e provocante
a verdade sopra sem que a multidão escute:
a neblina do crer é mais densa que o vento do ser
ressoa o grito fosco, nunca o sussurro nítido
reflete o borrão mudo, jamais a imagem sonora
retém-se o sentimento debaixo do arrepio comedido

ruidosa, a brisa se foi
rugindo
rodeando
revoltando
remodelando
reconstruindo pessoas rígidas