6 de março de 2010

Sonho

A manhã de domingo reluz lá fora. No quarto, tenho a sensação de abrir os olhos, mas a neblina dos sonhos parece ainda não ter se dissipado. Sinto suas pernas entrelaçadas às minhas e o seu rosto fazendo do meu peito seu leito. Quase involuntariamente, ponho-me a acariciar seus fios dourados. Seu corpo se move preguiçoso ao tempo que sua mão delicada sobe pelo meu como uma brisa fresca numa noite de verão. Seus dedos acham minha barba “por fazer” e, movimentam-se, lentamente, entre os pêlos ásperos, para cima e para baixo. Em alguns segundos, sua mão pára. A dúvida entre sonho e realidade cansou suas pálpebras. Enquanto você se molda de novo nos meus braços, suavemente te beijo a testa e sussurro: É real, meu amor.